Um dos primeiros desafios que a Igreja Nascente teve foi aquele de descobrir sua identidade. Os primeiros cristãos, que se chamavam nazareus ou seita dos nazarenos, não entendiam se eram uma entre as tantas seitas do judaísmo ou uma nova religião. Muitos, inclusive os apóstolos, continuavam com práticas judaicas.
O episódio decisivo foi a questão da circuncisão. Alguns defendiam que era necessário ser judeu para ser cristão, outros diziam que não porque o cristianismo seria algo novo e renovador.
A confusão se instalou e grupos brigavam entre si por causa disso. Sempre em toda história do cristianismo forças de renovação, manutenção ou de retorno estão em pleno conflito.
Assim também era com os primeiros cristãos. Lá pelo ano 50 é convocada uma reunião em Jerusalém e fica decidido que não é necessário a quem é cristão entrar no judaísmo primeiro. O cristianismo se entendia como nova religião, independente e chamada a trilhar um caminho próprio. Em certo sentido, foi aqui que o cristianismo nasceu.
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